Detectar falhas no concreto é uma das etapas mais importantes da manutenção preventiva em estruturas industriais, usinas, pontes e edifícios. Isso porque pequenas trincas internas, infiltrações ou falhas de aderência podem comprometer toda a durabilidade da estrutura ao longo do tempo.
Duas tecnologias se destacam nesse diagnóstico: a termografia e o ultrassom. Ambas são chamadas de ensaios não destrutivos (END), pois avaliam o interior do concreto sem precisar quebrar ou danificar a superfície. Mas qual delas é a melhor para o seu caso?
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Neste artigo, a equipe da Montante Engenharia explica de forma simples o que é cada técnica, como funcionam e quando usar cada uma.
O que é a termografia em estruturas de concreto?
A termografia é um método que usa câmeras infravermelhas para capturar a temperatura da superfície do concreto.
Na prática, ela mostra diferenças térmicas que revelam o que o olho humano não vê — como umidade, infiltrações, delaminações ou vazios internos. Essas áreas apresentam temperaturas diferentes do restante do material, formando um “mapa de calor” da estrutura.
Em quais casos a termografia é ideal:
- Detecção de infiltrações e umidade;
- Avaliação de revestimentos e impermeabilizações;
- Inspeção de fachadas, reservatórios e coberturas;
- Monitoramento rápido de grandes áreas, sem contato direto.
É um método ágil, não invasivo e especialmente útil em estruturas aparentes, fachadas e tanques onde o acesso é limitado.
Como funciona o ultrassom no concreto?
O ultrassom no concreto utiliza ondas sonoras de alta frequência para identificar falhas internas.
Essas ondas atravessam o material e retornam ao equipamento, revelando trincas, vazios, falhas de compactação e até problemas de aderência entre o concreto e o aço.
A diferença no tempo de propagação das ondas indica onde há alguma descontinuidade — como uma trinca ou uma área fragilizada.
O ultrassom é mais indicado quando:
- É preciso medir a profundidade e extensão de uma trinca;
- A análise requer precisão estrutural;
- Há necessidade de avaliar a resistência e integridade interna do concreto;
- O objetivo é gerar dados técnicos para projeto de reforço ou reparo.
Esse método exige contato direto com a superfície e um operador qualificado, mas oferece resultados extremamente precisos.
Principais diferenças entre termografia e ultrassom
| Aspecto | Termografia | Ultrassom |
| Tipo de inspeção | À distância (imagem térmica) | Por contato (onda sonora) |
| Velocidade | Rápida e ampla | Mais lenta e localizada |
| Precisão | Detecta anomalias superficiais | Identifica falhas internas |
| Aplicação ideal | Umidade, infiltrações, delaminações | Trincas, vazios, falhas estruturais |
| Necessidade de acesso | Não requer contato direto | Requer contato físico |
Ambas as técnicas se complementam. Em muitos projetos, o ideal é usar as duas de forma combinada: a termografia para identificar as áreas críticas e o ultrassom para confirmar e medir a gravidade dos danos.
Qual o melhor método para o seu projeto?
A escolha entre termografia e ultrassom depende do tipo de estrutura, da acessibilidade e do objetivo da inspeção.
Por exemplo:
- Em uma fachada de edifício, a termografia detecta infiltrações e bolhas sob o revestimento com rapidez.
- Já em lajes industriais ou pontes, o ultrassom permite identificar trincas internas e falhas de compactação com precisão milimétrica.
Por isso, o ideal é consultar uma equipe especializada, capaz de analisar o tipo de problema e indicar o método mais eficaz.
Por que contar com a Montante Engenharia
A Montante Engenharia é referência em manutenção e recuperação estrutural, com experiência em usinas, hidrelétricas, barragens e indústrias em todo o Brasil. Nossa equipe técnica domina as principais tecnologias de ensaio não destrutivo, oferecendo diagnósticos completos e planos de intervenção sob medida para cada estrutura.
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